quinta-feira, 16 de setembro de 2010

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Embora
agora
Sinta-me um boi que
caminha ao abatedouro
Sinta-me uma lagarta que
no casulo, esconde seu tesouro
Sinta-me um urso que
hibernando, espera o calor vindouro

Há de chegar o verão
e podem esperar, vocês verão...

sábado, 4 de setembro de 2010

Ferrugem

Sempre acreditei que o saber era imorredouro
Infelizmente, descobri o quanto fui tolo
Ou melhor, descobri o quanto sou tolo
Leio, estudo, tento aprender de tudo
como se me fosse necessário saber o mundo
quando em verdade não sei nem onde moro
como seria possível que tantas fórmulas decoro?
Tirem de perto de mim todos os livros e teorias
Já é tão difícil lembrar o que comi a cada dia
Não preciso lembrar-me de suas filosofias

Sinto-me uma máquina
e por isso revolto-me, mas não posso falhar,
não haverá back-up, não há técnico que me conserte
hei de continuar esta alma inquieta dentro de um corpo inerte




Pessoa, ensina-me a ser humano
Salva-me, poesia.