terça-feira, 16 de dezembro de 2008

0.8%

O que falta para a minha voz te alcançar?

Tempo?
Dedicação?
Coragem?
Amor?
E se já for tarde demais?

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

0.7%

Minhas lágrimas
faziam um barulho desgraçado,
mal pude ouvir seu chamado.
Sua voz, como teria sido?

Eu havia me esquecido
sua voz já era apenas um zumbido.
Porém, despercebido,
ouvi, o que não queria ter ouvido.

Como faço para esquecer
novamente
do que eu já nem consigo me
lembrar ?

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Pensando alto

Fartei-me,
por favor, dê-me um tempo
de suas profecias trágicas.

Cansei-me,
por favor, deixe-me ouvir
apenas algumas palavras mágicas.

Quero ouvir apenas uma vez,
com um sorriso radiante,
que ainda dá tempo,
que podemos tentar de novo.

Vou revirar todos os livros da estante
atrás de alguma idéia restante,
mesmo incipiente,
mas que não foi tentada antes.

Não quero mais sentir o gostinho amargo
do que vem pela frente,
eu quero um amigo,
um abraço quente.

Não consegue ver
no fundo dos meus olhos
as lágrimas penduradas
por um resto de orgulho?

Meus olhos, secos,
já não se lembram do seu rosto,
mas por favor,
eu sei que ainda dá tempo.

Me espere.

sábado, 1 de novembro de 2008

Alma

Minhas pernas finas e despidas estão também frias. Minha pele, cor de mogno, herdei de uma árvore de 150 anos. Sim, sou uma mesa de jantar, estilo vitoriano, comprada num mercado de pulgas com 60% off. Você deve estar se imaginando como uma mesa consegue pensar e transmitir pensamentos, afinal, sou apenas uma parte da mobília, assim como o sofá e as cadeiras, que por sinal, não pensam. Porém, pasme, eu penso. Talvez eu seja dotada de consciência, um cérebro... Não, eu não possui órgãos, apenas minhas pernas que não me servem nem como locomoção. Espiando alguns livros abertos sobre mim, li algo sobre "almas". Dizia que ela é algo além do material, é o que faz algo inanimado se mover. E foi aí que eu me reconheci. Quem diria, uma mesa portadora de alma pode compartilhar sentimentos humanos, quando alguém vem chorar sobre minha madeira eu me comovo, quando riem à mniha volta eu me alegro. Qual seria o motivo para eu ter ganho tão maravilhoso presente? Por que eu existo? Me recuso a ceitar que minha função aqui é apenas servir de apoio a objetos sem vida. Mas então por que?

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Solidão

Era a última. Pronto. E saiu depressa, no carro, suas mãos agora trêmulas e vermelhas mal conseguiam conter sua ansiedade ao volante. "Agora vai ficar tudo bem." No banco dos passageiros, 1000 aves brancas de papel sacolejavam como se estivessem preparando-se para levantarem vôo.
Chegara ao hospital, à porta do quarto hesitou, mas com suas mãos calejadas e cheias de finos cortes abriu a porta. E ali estava ela, adormecida. Rapidamente, pousou as aves sobre o leito, sentou-se em uma cadeira ao canto, e ali ficou, torcendo. "Vai dar tudo certo não se preocupe". Sozinhos no mundo, só tinham um ao outro para acompanhar, ninguém poderia interferir nesse elo inquebrável.
O silêncio continuava. E se estendia pelas paredes brancas do quarto do hospital até as nuvens no céu. Expectativa contida.
Houve um clarão, e um vulto surgiu. Da cadeira ao canto levantou-se com um salto. "Não! Ela não vai embora!" A sombra respeitando o silêncio, apenas continuou seu caminho, dirigindo-se à jovem adormecida. Passara por cima das aves, amassando-as com seus passos pesados. "Mas eu fiz conforme o combinado! Meu esforço não conta? Veja minhas mãos. Veja!" Contrastando com a brancura da construção, suas mãos ganhavam um tom escarlate, que tomou conta do local. Acabou.
E ao horizonte podia-se ver um bando de pássaros brancos, exaltando um canto melancólico. Uma andorinha só não faz verão.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

3 anos!?

Ah, brincou? Meus de- d- deus, não? De tantas pessoas que eu conheci pela internet, justo com vocês fui dividir todos estes anos, hein? Meu blog, o blog da patty-kitty, acabou, com ele, sumiram também muitas pessoas mas quem diria, vocês continuam comigo! Eu, assim, tão ausente, tão tosca, e me aguentaram por tanto tempo, eu conto com vocês pra mais alguns anos de risadas e até um pouco de tristeza, bem pouco, por favor. Nossa cara, as baleias, as conversas madrugais, as bottle fairies, os blogs coletivos, o ahps comunidades, o ony, o amigo secreto, o shout, aquelas conversas sem sentido que eu não entendi bulhufas mas ficava muito feliz de participar. Ver vocês assim triste pelo distanciamento e eu que desde o começo acho que fui ausente, eu acabo sem nem perceber o distanciamento... Desculpa mesmo por isso. Nossa cara, pessoas que eu estudei cinco anos juntas, e foram estudar logo aqui ao lado, eu com muita dificuldade mantenho contato, uma garota que foi pra metropole desapareceu, e vai pra Europa sem nem ao menos me dar um aceno de mão. Obrigada mesmo por vocês continuarem comigo, isso é muito importante pra mim. Eu ainda quero poder conversar mais, conhecer mais vocês, costurar mais pra vocês, desenhar pra vocês, rir com vocês. Posso dar um paga-pagation na Ana? XD
Ana, meu deus, eu vi você! Eu abracei você! Você tem noção disso? Nossa cara, eu quero de novo, na próxima eu fico mais preparada, na hora nem parecia, eu tinha a impressão que era sábado e segunda você iria estar lá no meu colégio sentada na carteira na minha frente. Obrigada por tudo mesmo, pelas conversas, pelo apoio, pela amizade, por ter ido me ver em sampa, pela bolsa do carinha gay (?), por me inserir no mundo dos doramas, por me apoiar tanto no meu design, por ser você mesma, principalmente, obrigada por existir. Te adoro muito muito *-*
Deh, cara, a primeira coisa que eu pensava era "nah, ela eh otaku nihonjin que nem eu, hihihihi *-* ", mas a amizade evoluiu tanto, eu passava a noite com você, falando de qualquer coisa. O primeiro button, você lembra? Cara isso é muito velho, parece até mais de tres anos atras. Ontem eu fiquei lendo e relendo aquela carta sua do amigo secreto, lembra do trabalhão pra ela chegar aqui? Haha, tadinha de você, mas obrigada mesmo por tudo, e eu quero uma carta em nihongo sua! E eu quero também ir no rei do mate com você! Meu pai até estranha, porque eu amo tanto o rei do mate, é sério, eu tomo dois copões de meio litro de mate com guaraná, e mando todo mundo tomar também, mesmo que niguém gosta e acaba dando pra mim, culpa sua XD Mas serião, eu te gosto muito mesmo /o/
Mah, sabia que agora eu fico tocando várias vezes seguidar a música da "bela e a fera"? Porque é da Disney! Cara, mesmo que eu não fique aqui com vocês, vocês influenciam meu dia-a-dia mesmo off-line xDD você também foi minha inspiração pra melhorar meus desenhos, e pra me esforçar em design, eu te contei que to fazendo banner flash pro site do meu pai? ow, eu te adoro muito mesmo, você é uma pessoa tipo, inspiração, sabe? Obrigada por tudo x3
Eita, que post grande, mas cara, são três anos!! Obrigada por tudo mesmo. Mesmo, mesmo. Desculpa por qualquer coisa, vamos continuar sendo amigas daqui pra frente, tá? Amo vocês .

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

""

"É-nos possível estar sozinhos, desde que seja à espera de alguém."

Gilbert Cesbron

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Gramática

Que saudades que eu sinto
do chapeuzinho do vovô.
Eu sempre pensei que ele fosse
praticamente imortal.

Quem diria que um dia
ele não mais estaria
com os olhos fixos no mundo,
sentado naquela cadeira de balanço?

O tempo passa,
as idéias mudam,
as pessoas não vêem mais as coisas
como viam antigamente.

domingo, 7 de setembro de 2008

No fim;

Eu gostaria de não ser esquecida.
Gostaria de ser lembrada
não por monumentos, avenidas,
contrúidas com muito suor e esforço,
mas por lembranças
construídas com prazer e gosto.

sábado, 6 de setembro de 2008

Ao menos uma vez.

Pensei. E logo comecei a imaginar a sua reação. Eu te conheço à tanto tempo, não é? Eu sei que iria abrir aquele sorriso e mais que depressa me abraçar. E lá estava você, sentada bem ao meu lado, chorando. Você não queria, mas o destino é mal com as pessoas, sim, ele é. Quem iria dizer que isto iria acontecer? E eu preso aos meus devaneios, imaginando como seria se eu dissesse isso. Como você talvez pararia de chorar, como você talvez se alegrasse, como você estava bonita mesmo estando triste. E chorando. Então você se levantou e foi embora, eu não me lembro bem. Como será que foi mesmo? E nunca mais voltamos a nos ver. Onde será que você anda agora? O que será que está fazendo neste momento? Eu só queria ter tido a chance de dizer "eu te amo", mas já era tarde de mais. E novamente voltei a imaginar como teria sido se eu tivesse dito isso, como você ficaria alegre, como você não iria embora, como nós teríamos sido felizes.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

0.6%

Quando chegar o meu fim,
não quero ser julgada
pelas coisas feitas por mim.

Tenho conhecimento de meus erros,
se ao menos eu pudesse refazê-los,
mas no fim, não seria o mesmo.

Eu gostaria de, ao invés de ir
ao céu ou ao inferno,
para sempre dormir
presa a um sonho eterno.

Onde o céu é azul marinho,
a lua abre um sorriso.
Onde não mais ouviria o choro
de meus amigos.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Medo

Hoje revi meu caderno de recordações, meu, têm escritos de 2001 lá. Amigos que nunca mais vi. "Amigos que nunca mais vi"? Isso existe? Será que é amigo mesmo? Como é que pode. E se nesses 7 anos sem os ver, sem querer, esbarrei neles e nem os reconheci? E se os visse de novo? Não seria a mesma coisa. Tenho saudades, do que passou. Dei pela falta de uma amiga naquele caderno, por que será que ela não está lá? E hoje pedi às minhas amigas que escrevessem para mim. Uma me chamou de "rokera", a outra me fez um poema em espanhol, e a outra uma carta em japonês. Nela dizia como foi bom nossa amizade, mesmo que no ano passado não pudéssemos nos ver muito, nesse ano pudemos nos falar todos os dias, falar, rir, brincar. Mas no ano que vem, só teremos as lembranças pra guardar com carinho. E nisso, o medo do ano que vem. Eu já senti isso, o medo do abandono, ficar pra trás. "O que serei de mim sem você?" alguém me disse. E eu simplesmente fiquei em silêncio, fazendo-me a mesma pergunta. E ultimamente tenho crises de saudades, olho fotos, revejo cadernos, bilhetes. Ando desesperada atrás de fotos novas, mais lembranças. Não me deixe sozinha.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

\\

Ela está no horizonte. Me aproximo dois passos
e ela se afasta dois passos.
Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos.
Por mais que eu caminhe, jamais a alcançarei.
Para que serve a utopia ?
Serve para isto, para fazer caminhar.

(Eduardo Galeano)

domingo, 31 de agosto de 2008

Caderno.

Restam apenas algumas páginas, e nesse sentimento de fim, eu comecei a olhar o meu passado. Férias, pousada, uma amiga, meu calopsita, um cantor, uma festa a fantasia, um momento de revolta. Paro e com carinho olho para um desenho, um anjo com cabelos cacheados. Mais para frente, desenhos de alguns anos atrás, como tudo era mais fácil, não? Tortos, mas sem vergonha de serem assim. E sem realmente perceber o que eu estava fazendo, comecei a apagá-los, lentamente, um por um. Aponto um lápis e começo a desenhá-los novamente, reescrevendo o meu passado, agora com um sorriso, traços delicados e experimentados de quem já passou por muito nessa vida. Esperança no futuro. Se a sorte me sorrir, quem sabe um novo caderno? Eu vou sentir saudades.

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Tempo II

Ver todos os dias
as mesmas pessoas,
sempre os mesmos rostos,
os mesmos sorrisos
já desgastados pelo tempo.

Passar todos os dias
pelos mesmos lugares,
ver as mesmas ruas.
as mesmas àrvores
tudo imóvel.

Sentir todos os dias
passando rapidamente,
e o tempo devagar,
esse cenário imutável,
um eterno deja vu.

Essa rotina maçante
não me deixa ver,
meus olhos já são acostumados
com a visão de todo dia.

São todos simples números
num relógio no pulso ou
num calendário na parede.

Os ponteiros do relógio dão uma volta
e voltam de novo.

Eu não quero continuar assim.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Céu II

Eu nem tinha visto
como o céu estava bonito,
estivera trancafiada
em uma sala abafada.

Cercada de gente
e sozinha com meus pensamentos
lembrei de você e
de como era diferente.

Neste dia
não vi a lua,
andei sozinha pela rua.

Você ainda diria
que a culpa não foi minha?
Que saudade sua.

Sombra

E quando eu finalmente me encontro sozinha, lá está ela, parada, imóvel, obediente, ao meu lado. Por que não sai de perto de mim? Por que não deixa eu me sentir sozinha logo? Por que não me deixa perder as esperanças? Você ainda as tem? Você nem cor tem. Nem expressão, nem sentimentos. Eu deixo você ir atras do que você deseja, se ao menos existe algum desejo nessa escuridão. Adeus.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Tempo

O tempo passa
e eu mal o percebo,
mas eu sei que eu não posso parar.

Eu vou mudar,
ninguém pode me impedir,
e assim serei melhor,
e assim será melhor.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Não

Eu sei
nem adianta mais falar
isso não vale a pena,
ainda mais se a alma
ainda é pequena.

Eu já sabia
nem precisava me lembrar
o quanto não sou especial,
vou apenas seguir calada
obediente.

Serei, ao menos,
recompensada?

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Noite

Às vezes,
quando olho o céu,
e vejo a lua minguante
assim, deitadinha, neste
vasto manto azul
é como se o céu, tímido,
abrisse um sorriso
para o mundo.

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Felicidade instântanea?

Eu queria poder ir ao mercado e encontrar ao lado do "miojo" e da pipoca de microondas um pacotinho de felicidade instatânea. Não uma que funcionasse como uma droga, mas algo em que seus problemas poderiam ser despejados, livrando- nos de certo peso.
Mas nessa vida corrida, venho percebendo que, na verdade, felicidade eterna não existe, e que ela é formada por pequenos fragmentos, uma risada aqui, uma conversa ali, ver alguem lá, fazer o que gosta às vezes. Obrigada a quem me faz feliz.

!!

Adorei muito mesmo te conhecer, ao vivo e em cores. Agora eu até me sinto mais ahpsiana XD eu amo vocês <3

terça-feira, 15 de julho de 2008

Eu quero

um coração forte que possa suportar minha fraqueza.

domingo, 13 de julho de 2008

Um sonho.

Debaixo de um sol escaldante do meio dia eu voltava do colégio. Sozinha. "Ei, menina, tem uma aranha no seu cabelo, acho que caiu da àrvore." Um garoto de bicicleta gritou para mim. E era verdade, uma aranha estava sob minha cabeça e eu rapidamente joguei- a ao chão, continuando meu caminho logo em seguida. Casa. Caminho para a aula de inglês, passando por baixo da mesma àrvore. "Ow, uma aranha caiu no seu cabelo." Um garoto de boné gritou. E eu novamente tirei-a de lá e continuei andando. Voltando do inglês. Árvore de novo. "Ah, uma aranha no seu cabelo, deixa que eu tiro." E o garoto de cabelos castanhos tirou-a de lá pra mim e continuou andando comigo até a minha casa.



Alguém sabe o que significa esse sonho repetitivo e cheio de aranhas? @_@

Reencontrar você;

"Uma nova mensagem em sua caixa de entrada".
E eu imagino que será. Ah, é você. Nossa, há quanto tempo, não? Nem da pra acreditar, te ver de novo depois de tudo. Será que você cresceu, ou engordou? Duvido, tenho quase certeza que continua o mesmo. Será que está tão ansioso quanto eu?


Pois é, no fim não pudemos nos encontrar. É mesmo uma pena, mas o que me acalma é que sempre posso te ver em minhas memórias. Pelo menos lá você ainda olha pra mim.

sábado, 21 de junho de 2008

Monochrome

Um raio de luz atravessa os cacos de vidro pelo chão. "Menos um copo." E ela começa a recolher os cacos, transparentes e quase invisíveis em sua pequenez. Vestia roupas brancas, afinal, era apenas o segundo dia do ano, e ainda nem se trocara das roupas do reveillon. Estava em sua cozinha, alva também. "Ai!" Contrastando com a brancura do cômodo e de suas roupas, escorreu um filete vermelho por seu pulso pálido. Apressadamente ela pega um ban-aid, cor de nuvem e com aroma de aloe-vera. "Tão calmante..." E cai num sono profundo. Um sonho sem fundo. Onde tudo parece uma coisa só, monocromático. Não há ninguém, não se ouve som. "Será que, na verdade, nem eu existo?"



Futuro?

Frustração,
medo no coração.
Inseguro,
o que me reserva o futuro?

Mesmo que eu desapareça,
não quero que me esqueça.
Você continuará comigo?
Será até o fim meu amigo?

Estou com medo.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Ciel

Só o fato de termos de olhar
para cima e ver o céu,
já não nos mostra como somos pequenos?

Seu azul impecável,
minha alma maleável,
suas nuances harmoniosas,
minhas lágrimas dolorosas.

Correr e não sair do lugar,
abrir as asas
e pairar no ar,
é isso que você quer?

Esse cenário monocromático
tudo parece tão automático,
e tudo acontece de novo,
simples, como num deja vú.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Estrela.

Aponto uma estrela no céu.
Mas engano- me,
na verdade é apenas uma imagem,
uma ilusão.

Com todas essas estratosferas e
atmosferas, obstáculos invisíeis,
é bobagem acreditar que aquela estrela
ainda está lá.

Por trás de meus óculos
vejo o mundo de um jeito,
mas será que é diferente?

Quando eu tirar meus óculos
você ainda estará aí
olhando pra mim?

Insônia.

Noites mal dormidas,
dias mal vividos,
isso não é vida pra mim, meu Deus.

Já não consigo mais dormir
sem alguém gritar ao meu ouvido.
"Dorme, que amanhã tem mais"

E eu não quero dormir,
tenho sonhos ruins,
um panda e um balão voando
num céu azul incolor.

Fins de semana perdidos
em meio a provas e compromissos,
isso é que é crescer?
Se for assim, eu desisto.

sexta-feira, 6 de junho de 2008

s2

"Nos demais, todo mundo sabe, o coração tem moradia certa, fica bem aqui no meio do peito, mas comigo a anatomia ficou louca, sou todo coração."
Maiakovski

Azul.

"Por que o céu é azul?"
Andando sozinha na rua, tudo parece tão sem cor... Onde você está agora? Nem a grama está mais tão verde quanto naquele dia. Nem os pássaros cantam, nem os motores do carro se fazem ouvir. Onde estão meus sentidos? As batidas do meu coração são abafadas pelo aperto da falta que você faz aqui. Já sei. O céu é azul para eu não me esquecer da melancolia dos dias em que não posso te ver.

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Elevador.

Din- dong.
Hoje estaremos visitando o prédio "Ana' s heart". Para a segurança de vocês ficaremos dentro do elevador. Por favor, não insistam para sair até o fim do passeio. Aqui na recepção, somos bem simpáticos, receptivos, amigáveis, às vezes até falsos. Nossas portas estão sempre abertas.
Aqui no primeiro andar mora a família dela, é uma área bem quente, aconchegante.
No segundo andar tem os amigos, é meio apertado, parece que cada dia está mais cheio, mas não se preocupem, sempre cabe mais um. Tem gente aqui desde o maternal até o colegial. É sempre uma bagunça, às vezes tem discussões, mas todos se gostam muito aqui...
No andar acima, terceiro, estão os animais de estimação dela. A Mili, o Plot, e um peixinho que morreu há muito tempo mas ninguém consegue tirá-lo daqui, a propósito, foi o primeiro a chegar.
Quarto andar. Dois garotos: Augusto e João, os amores dela. Ela diz que já esqueceu-os, mas eles sempre voltam pra cá.
Quinto andar. Vocês conseguem ouvi-la chorar no fim do corredor? Esse vazio ainda ecoa os lamentos e revela seus medos.
Sexto andar, parece mais um consultório médico... A Ana quer ser pediatra, seu sonho de menina é ajudar as pessoas.
Sétimo andar. Coloquem os óculos escuros, aqui temos o melhor dela, é tudo tão brilhante que mesmo com óculos só vemos uma forte luz branca. Lindo, não?
E o andar de cima nem iremos pois desde sempre nunca foi aberto. Possui grossas correntes, diversos cadeados, e sempre que os choros do quinto andar aumentam aparece um novo cadeado para o oitavo andar. Será que um dia poderemos abri-lo?
Esperamos que tenham gostado do passeio e agradecêmos a visita. Somos sempre receptivos à novas visitas, se quiser dar um "alô" pra Ana, fique à vontade porque sempre tem espaço pra mais alguém, no segundo andar.

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Portas

Como numa valsa interminável, ela continua dançando com esses passos, por mais que seus joelhos implorem por uma palsa ela sabe que não pode parar. Um, deux, trois. Já deixara os palcos há muito. E com cuidado vai fechando as portas por onde passa , sempre cuidando de não ser seguida. Será alguém capaz de invadir essa fortaleza? Por mais que ela tranque todas as portas de seu coração, ela ainda deseja que alguém a encontre. E por isso deixara a portão principal sempre aberta, um belo sorriso que ela teima em não fechar.

sábado, 17 de maio de 2008

//

As Henry Ford said, "My best friend is the one who brings out the best in me.".

Memórias XXX

Uma janela do messenger. Quatro pessoas falando pelos cotovelos. Algumas felicitações por mais um ano aniversário. Assuntos aleatórios. Mas foi em meio a toda essa confusão que surgiu uma grande amizade. Nem da pra creditar... Pois é, milagres acontecem :)

Memórias II

Baleias são más.
E quem pode nos salvar delas?
Girafas. Duh 8D

Memórias

Um dia eu já fui mágica, fazia feitiços, derrotava monstros. Com três amigas muito queridas, uma coelhinha boxeadora, uma raposa e uma gatinha. Juntas nós éramos fortes, cada uma em um level menor que 4 derrotando juntas um monstro terrível feito de gelo no level 15. Ah, quem me dera na vida fosse tão fácil poder unir forças para acabar com os problemas.

0.5%

Eu não sei o que está acontecendo, mas você não está sozinha. Perdão por ter sumido. E sinto muito...

Ps: Te amo.

sábado, 3 de maio de 2008

0.4%

Eu quero te encontrar, mas quanto mais eu te procuro, mais eu me perco dentro de mim mesma. Queria poder correr atrás de você, mas não sei porque, algo me prende aqui.
Será a saudade que ainda nem senti?

Sorriso

E eu procuro o teu sorriso, em outros rosto, em outros risos, às vezes, até em mim mesma. Me olho no espelho e mal me reconheço. O meu sorriso não está lá. Eu acho que ele só existe junto ao teu.

0.3%

Dói só de pensar
Evito te encontrar
Hesito em lhe falar
sobre tudo que me fez passar

Eu não quero mais te amar.

0.2%

Eu queria uma estrela de brilho ofuscante para eu não poder ver o tempo passar.

sábado, 26 de abril de 2008

Tudo igual II

Andando no comércio à procura de um sapato. Vitrines e vitrines com all star e sapatos de salto fino com strass. Tudo igual, mudam os números, os tamanhos, os preços. Mas é como olhar uma parede com vários tijolos, certamente diferentes, mas iguais num todo. "Eu quero uma sandália anabela, preta, meio estilo punk." Não tem. "Um coturno?" ´Dê uma olhada na loja ali da esquina. Mas não adianta, de vitrine em vitrine, de loja em loja, tudo igual. O jeito é ficar com os meus sapatos velhos. Quem sabe na próxima estação a moda não fica a meu favor?

Tudo igual.

O caminho pro colégio é o mesmo. Os rostos pelo caminho, as contruções, o céu. Tudo igual, imutável. Paisagem estática onde vago como uma brisa. Não vejo pessoas, mas sinto sorrisos. Num cenário com tantas pessoas como é possível se sentir tão solitário? Querer ser diferente e encontrar alguém de mesmos caracteres. Como é que pode? E em toda essa mesmice o que mantém minha calma é a trilha sonora, ainda sem refrões, que toca em minha mente.

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Escapismos XII

"Es.ca.pis.mo atividade ou hobby praticado para esquecer o stress"

Eu queria que meu escapismo principal fosse uma pessoa. Não seria bom ter alguém que te faz esquecer de todos os seus problemas?

sábado, 12 de abril de 2008

Rotina.

Toda semana.
Sexta feira. Seis e meia da tarde. Aula de teclado.
Descendo a rua, virando a esquina, outro quarteirão. Está faltando algo. Aula. Casa de novo.
Semana seguinte. Ah, era aí que você estava? Porque você não veio na semana passada? Agora já está tudo bem? Que bom. Aula. Casa de novo.

Na verdade, eu nunca havia falado com aquela pessoa, mas toda semana ela está lá, talvez esperando alguém, talvez indo pra uma aula de teclado como eu, ou já estaria voltando para casa? Me dá uma vontade de saber tudo isso, conhecer a pessoa, afinal, se ver toda semana, passar pelos mesmos lugares, viver na mesma cidade, dividir o mesmo céu, tudo isso não nos torna próximos o bastante para iniciar um diálogo? Falta coragem mas quem sabe um dia?

domingo, 6 de abril de 2008

Efeito catavento.

Desisto. Agora seja o que Deus quiser. Vou aceitar tudo, não vou mais me arriscar por nada. Perder você? Se for pra ser assim, será. É tão mais fácil apenas aceitar e deixar as coisas acontecerem. A culpa não foi minha, simplesmente aconteceu. Deixar o futuro ao acaso, metade de minhas responsabilidades para trás. Metade. Abro meus braços e como um catavento apenas me deixo levar pela brisa. Ou pelas pessoas. O que o vento me trará de bom amanhã?

Efeito parafuso.

E se eu não tivesse dito aquilo? E se eu não tivesse nem ido? E se pudesse ser de outro jeito? Agora que já passou eu faria tudo diferente. Mais algumas horas? Mais um segundo? Se eu não tivesse piscado naquele segundo... Se eu tivesse olhado para tras você teria parado, desistido, voltado. Se eu tivesse escolhido aquele. Se eu tivesse pensado melhor. Se nós pudéssemos ter uma segunda chance...

E todos esses 'se' me levam a um efeito parafuso, infinito. Onde me encontro cada vez mais longe de eu quero ir. Ou poderia estar, e se eu tentar continuar em frente? Acabo mais enrolada. E agora?

Silêncio ou palavras?

Eu sempre valorizei muito minhas amizades. Principalmente aquelas construídas no silêncio, tendo como base apenas a presença e aquela sensação de que juntos está tudo bem. Amizades como as que temos com animais, algumas horas juntos e já começamos a entender. Apenas o estar perto já basta, o calor e o olhar são tão fortes quanto um 'eu te amo', que às vezes consegue ser dito sem sair de dentro, como se tivesse vindo pelo vento. Um ato vale mais que mil palavras? Devem fazer três anos que cultivo uma amizade com três amigas de cidades distantes da minha, e raramente ouço suas vozes, suas vozes reais. Nunca houve um abraço, um dar de mãos, um olhar nos olhos, porém aqueles momentos em que conversamos trocando apenas palavras escritas já bastam para sentir o afeto. A presença sim, vale mais que mil palavras.

quinta-feira, 20 de março de 2008

Palavras XXX?

Eu não acho que sou feita da átomos, não, eu não quero ser feita de átomos. Eu sou feita de palavras, palavras como sentimentos, um coração, uma alma, lembranças, e quem sabe átomos. Átomo significa indivisível, mas eu sinto que tem tanta coisa dentro de mim. Eu prefiro ser uma oração subordinada objetiva indireta do que um monte de átomos.


Não aguento mais estudar.

domingo, 2 de março de 2008

Com emoção ou sem emoção?

- Droga. Eu tô coberto de cocô.
- Não é cocô, é lama.

Rudy e Liesel em"A menina que roubava livros".

Com muita emoção no capricho, por favor, e com direito a travessia no rio de merda, obrigado. Hoje fui ao "piquenique" na chácara, eu dancei Dj Ozma sozinha, comi mais ou menos, olhei galinhas e cabras, joguei um pouco de ping pong, outro pouco de vôlei de mesa, passei longa da piscina, me encantei com uma pessoa no karaokê e fui na trilha ecológica. Trilha ecológica? Tooootaaaaal contado com a natureza, amei. Que inveja de quem não foi. Cai várias vezes, eu era a descobridora de buracos e zonas escorregadias por entre as corredeiras e escaladas, até ai foi bom. Todos acabaram tirando os tênis e indo descalços para aproveitar a água, e outros com chinelos. Na metade do qcaminho algo não cheirava bem, sim, cheiro de merda de vaca. Tudo bem, chácara, com animaisinhos. Mas logo a frente encontramos um brejo. Brejo? E esse cheiro? "Mamãe, eu to com medo, a gente ta no fim do mundo?" uma criança chora atrás. Um brejo, na verdade, um lamaçal com manchas verdes e um cheiro de merda. "Areia movediça!" Outro comentário é ouvido. Não, é um riacho de merda mesmo. E como foi ruim atravessá- lo e como foi lamentável os pais com os filhos nesse trecho. E os pais que tinham de cavar nesse brejo pra encontrar as havainas de seus filhos? Ah... eu quero desinfetar meus pés.

sábado, 1 de março de 2008

Palavras IV

Sábado de manhã. Acordo quase enforcada por um fio do fone de um mp4. Que susto. Olho em volta com muito esforço para abrir os olhos. Céu azul, pássaros cantando. Que dia lindo. Coloco os fones em meus ouvidos, aumento o volume, cubro- me até ficar absorvida pela escuridão. E lágrimas escorrem de meus olhos. É, mais um dia começou. O que eu vou fazer hoje?

Ouvindo: Nanairo crayon de egaku hikari - Antic cafe.

Palavras III

O que seria de mim sem vocês? palavras tão adoradas formadas de letras que prezo tanto. Um mundo sem desabafos, sem declarações, sem conversas, sem alogios, sem críticas, sem palavras cantadas ao vento. Não seria um mundo sem som, muito pelo contrário, as vibrações ainda iriam correr por aí, em forma de respiração, vento, chuva, olhares, gestos, sorrisos. Mas e aqueles sentimentos que não podem ser transmitidos em simples vibrações? Para isso as palavras que podem fazer se entender. E quando mesmo as palavras falham, eu tento fazer uma telepatia e mandar meus sentimentos em forma de ondas que eu rezo para que cheguem até você. Será que consegui?

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Palavras II

Pisando firme entra no cômodo abafado de risadinhas e conversas aleatórias. Um pigarreio limpa sua garganta. Ouve-se o arrastar de cadeiras, os suspiros dos que já começam a desistir. Cabeças sonolentas e alguns olhos atentos. E ainda outros que fazem várias anotações, ou que na verdade estão apenas escrevendo cartas de amor.

Como é bom fugir da massificação em todas as manhãs.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Palavras I

Eu quero um amor que não possa ser descrito em palavras.

domingo, 24 de fevereiro de 2008

11:.11

Você já ouviu dizer que quando você olha pro relógio e as horas e os minutos são os mesmos, quer dizer que alguém está pensando em você?

sábado, 9 de fevereiro de 2008

Meguriaeta kiseki.

O milagre de termos nos encontrado por acaso é mesmo incrível, seja por em meio a vários blogs eu ter encontrado vocês, ou por entre várias pessoas serem vocês as que formam o ahps, ou por eu ter vindo justo para esta cidade quando meu pai poderia ter escolhido qualquer uma para ele trabalhar, ou eu ter continuado aqui, em vez de ir para Sorocaba na quinta-série, se fosse assim talvez eu nem teria conhecido pessoas tão boas que ligam para mim depois do almoço para saber como foi meu primeiro dia de aula. E eu imagino como seria "se", ou se existe uma pessoa que seja como eu mas que seguiu um caminho diferente, como será que ela está? Será que existe mesmo três pessoas muito parecidas no mundo? Bem, fisicamente, existem várias como eu.

Ouvindo: Meguriaeta kiseki - Antic café. No último show do Bou, os discursos dos membros da banda foram lindos, embora houvessem mais lágrimas que palavras.

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Enxugue suas lágrimas com amor.

É, porque todo mundo merece um pouco. Hoje eu vi uma entrevista com a cantora e atriz Hillary Duff, perguntavam para ela o que ela achava das várias cantoras que estavam se envolvendo com coisas ruins, e ela disse que ela acha que isso acontece porque elas estavam sem ninguém que olhasse por elas, porque se naquele momento elas tivessem alguém que amasse elas, ou que elas amassem, elas não teriam se envolvido com essas coisas, e acabam conseguindo atenção dessa forma. Eu adorei esse comentário dela. Nada melhor do que ter alguém com você em um momento de crise, mesmo que a gente goste tanto dessa pessoa a ponto de não querer incomodá-la com nossos problemas. Mas isso é que é amor.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Escapismos.

Eu nem sei se isso existe em português, mas em inglês significa "passatempo ou atividade para esquecer do estresse ou um evento triste". E eu adoro essa palavra, um de meus escapismos é passar esmalte, inventar cores, comprar novas cores, decorar cores, conhecer marcas, é um bom hobby. Outro é costurar, adoro costurar, seja na mão ou à máquina, é muito bom. Outro é desenhar, estou tentando melhorar meus traços e criar roupas mais originais, falando nisso sobe aquela antiga meta, eu já fiz 41 de 50 desenhos, acho que dá tempo de eu fazer os 50 antes das aulas.

Ouvindo: nada.
Pensando: como é bom estar sem aparelho...
Sentindo: Sono, é de manhã ainda.