segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Da máquina do mundo

O que quero - nada
O que tenho - nada
O que sou - nada
À parte disso faço parte da grande máquina da mundo

Trato- me de um minúsculo parafuso
dentro da máquina do mundo
Não sei de onde venho, nem para onde vou
quando me dei por mim
eu já estava aqui
dando voltas no mesmo lugar
preso à fria porca metálica
que segura um não- sei- o- que
se eu quebrar, falhar, desprender- me
quanta falta eu faria?
quanto estrago eu provocaria?
Em verdade,
alguém tão pequeno, que se move no mesmo lugar, por inércia
(ou nem se move?)
Não deve fazer falta a ninguém...


Nenhum comentário: